Em março de 1968, um grupo de professores sob a liderança de Jaroslav Sebek, do Colégio Aderbal Ramos da Silva, Hélio Solângio Silva, do Instituto Estadual de Educação e Ênio Pessoa do SENAC, entre outros, em memorável reunião, fundaram a Associação Profissional de Professores de Florianópolis, com vistas a futura organização da categoria em sindicato.
O cenário da época era o mais sombrio possível. A ditadura militar, recém instalada no Brasil, estava no seu auge. Repressões, torturas, perseguições e toda a sorte de agressões aos direitos civis pairavam no ar. Ainda assim, os professores ao longo do 1° semestre, reuniam-se na sede da Liga Operária, na rua General Bittencourt, traçando os planos para a construção do sindicato.
Nas duas assembleias, com o auditório da Liga Operária totalmente lotado, os professores aprovam por votação unânime a transformação da Associação Profissional dos Professores de Florianópolis no Sindicato dos Professores de Florianópolis (1ª denominação do Sindicato dos Professores no Estado de Santa Catarina – SINPROESC). Aprovam o estatuto social e elegem a 1a diretoria. A partir daí o Sindicato inicia sua jornada de enfrentamento às condições políticas da época, lutando pelo estado de direito, pelas condições de trabalho, por salários justos. Seu primeiro e grande embate foi empunhar a bandeira dos professores “designados” a partir do Instituto Estadual de Educação. Paralelamente à ação sindical, transitava no Ministério do Trabalho o processo de oficialização do Sindicato.
O SINPROESC jamais esqueceu o passado de lutas, mas com os olhos no futuro. Hoje contamos com uma estrutura que nos possibilita estarmos preparados para defender e conquistar novos espaços de discussão, buscando uma educação inclusiva, a formação continuada, o respeito à pluralidade cultural e a diversidade de ideias, como ferramentas de transformação da sociedade.
Exercemos um importante papel social interagindo na área educacional em prol dos nossos representados, a nossa contribuição se dá através da participação nos conselhos onde ocupamos cadeiras de destaques disponibilizando ao professor todas as ferramentas necessárias, inclusive as consideradas de “novas tecnologias”, não apenas para ampliar as possibilidades de inserção do sujeito no mercado de trabalho, mas também, torná-lo um cidadão crítico, reflexivo e autônomo.
Não podemos jamais esquecer nossos heróis fundadores do SINPROESC e a eles devemos a continuidade de luta, a continuidade da história que não termina aqui.