Declaração infeliz a do Secretário de Educação de Santa Catarina, Prof. Aristides Cimadon que, em vídeo que circula nas redes sociais, diz não concordar com proibições da venda de pastéis, quentão, chope e cerveja nas escolas do Estado de Santa Catarina.

“Cimadon revogou através de Portaria nº 578 de 10/03/23, artigo que determinava que toda a regulamentação sobre consumo de alimentos nas escolas se estendesse também a comemorações festivas realizadas nas Unidades Escolares.”

A regulamentação dispõe sobre a venda e consumo de bebidas alcoólicas, frituras, salgados e doces com massa folhada, entre outros. Fonte: ND+

O Sindicato Intermunicipal dos Professores no Estado de Santa Catarina reitera que: as proibições constantes no artigo revogado foram cuidadosamente estudadas e cientificamente embasadas a fim de garantirem e preservarem a saúde das crianças e adolescentes, público da comunidade escolar.

Opiniões pessoais relativas a este tema não merecem destaque e deveriam ser evitadas, principalmente por gestores públicos, pois estes deveriam estar preocupados com os problemas reais que afetam a qualidade da educação, como por exemplo: a violência nas escolas, a saúde mental dos professores e alunos, as condições das estruturas nas escolas, aspectos pedagógicos, trabalhistas, salários etc.

Ao Estado cabe financiar a educação, oferecer ensino público de qualidade a todos os cidadãos, e ponto final.

Aproximar famílias da escola pressupõe projetos atrativos pedagogicamente e engajamento comunitário, não é vendendo bebidas alcóolicas que vamos trazer benefícios a escolas, sejam estas quais forem.

Por fim, a luta para educar crianças e adolescentes, para que estejam preparadas para fazerem escolhas, principalmente no tocante as substâncias psicoativas já comprovadamente danosas quando usadas abusivamente, sejam estas lícitas ou ilícitas, sempre foi difícil e com resultados pífios, principalmente por atitudes como esta que hora vem a público e fortalece o discurso hipócrita de uma sociedade que insiste em minimizar a gravidade das situações reais criando factoides notoriamente danosos e agindo de forma leviana diante de assuntos que tem sérios desdobramentos que vão muito além de meras opiniões.

 

Prof. Carlos Magno da Silva Bernardo
Presidente