Mais um 1° de Maio bate à porta e, lamentavelmente, necessitamos ainda lutar e resistir.
Muitos de nós crescemos e nos tornamos adultos sendo bombardeados por informações acerca da Revolução Industrial, das promessas contidas em seu bojo, das facilidades e melhorias que ela traria para a humanidade, beneficiando a todos. Isto é o que insistentemente nos queriam fazer crer, mas a realidade sempre foi outra e a exploração do trabalhador não se limitou aos adultos, mas também as suas proles, infantes na faina diária em postos de trabalhos insalubres, com jornadas desumanas.
Longos períodos de lutas, muitas vidas ceifadas e alguns avanços, mesmo assim as relações laborais longe estão de serem minimamente justas, imaginem ideais.
Em pleno Sec. XXI ainda temos trabalhadores em condições análogas a escravatura, um gigantesco hiato entre quem produz e quem usufrui das riquezas geradas pelo trabalhador e uma das piores distribuições de renda do planeta.
Na educação, a situação não é muito melhor, professores extenuados, doentes, desestimulados, coagidos em casos mais extremos é o que há.
A educação passou a ser mercadoria e o lucro o único objetivo. Nesta toada, escolas precisam gerar dividendos aos seus acionistas, sim, acionistas, pois são os grandes grupos que hoje esfolam os professores e trabalhadores em geral, tudo em nome do lucro, do acúmulo de capital, fruto da riqueza gerada pelo TRABALHADOR.
Rogo que um dia, espero que breve, as condições de trabalho e renda melhorem de fato, para todos e todas as categorias de trabalhadores, em especial aos professores, e que a educação seja o pavimento para o desenvolvimento sustentável e para a justiça social.
Dia do Trabalhador, dia de luta, dia de reflexão.
Professor Carlos Magno da Silva Bernardo
Presidente